domingo, 20 de fevereiro de 2011

Escola Milesiana / Jônica - A Infinitude das Águas

Durante o século VI a.C. verificou-se, em certas regiões do mundo grego o resgate da vida religiosa para enfraquecer a antiga aristocracia que se supunha descendente dos deuses protetores da pólis, das divindades oficiais.
Tales de Mileto (624 - 558 a.C) inaugurou a mentalidade científico filosófica reformulando correções de teses populares. Tales propõe uma nova visão de mundo cuja base racional fica evidenciada na medida em que ela mesma é capaz de progredir, ser repensada e substituída. Anaximandro (610 - 547 a.C.) discípulo de Tales aperfeiçoou o relógio de sol (gnomon), de origem babilônica, foi também o primeiro a traçar um mapa geográfico. Para Anaximandro , o universo teria resultado de modificações ocorridas num princípio originário ou arché. Esse princípio seria ápeiron, que se pode traduzir por infinito e/ou ilimitado. O ápeiron estaria animado por um movimento eterno, que ocasionaria a separação dos pares de opostos. Isto afirmaria a lei do equilíbrio universal garantida através do processo de compensação dos excessos (por exemplo, no inverno, o frio seria de compensação dos excessos cometidos pelo calor durante o verão).
Anaxímenes (588 - 524 a.C.) companheiro de Anaximandro nos conta em sua obra "Física"; que o universo resulta das transformações de um ar infinito (pneuma ápeiron). Rarefazendo-se o ar torna-se fogo; condensando-se o ar, torna-se vento, nuvem e depois água. Logo, o objeto de Tales e Anaximandro seria resultante do ar, e, portanto, não pode ser a origem de todas as coisas.

Refletindo:

a) Geograficamente falando, hoje estudamos que o planeta terra é formado por apenas 10% de terra onde localizam-se os continentes e as ilhas, os 90% restantes é composto de água. Embora discutimos hoje sobre a origem do universo (ainda sem respostas exatas), os primeiros filósofos não estavam tão errados. Tales e seus sucessores iniciam uma cultura naturalista, onde a natureza é responsável pela transformação e evolução das coisas. Até hoje, e sonho para que seja assim sempre, tudo que o homem produz para si antes precisou extrair recursos da natureza. Ouça a música de Caetano Veloso "Eu e água";

b) Fale com a profª de química e peça explicações sobre o processo de rarefação, condensação e liquefação.

c) Procure a profª de história e discuta a Antiguidade Grega, o momento histórico que viviam estes pensadores; não esqueça de pedir esclarecimentos ou pesquisar "no google" sobre o gnomon.

d) Os conceitos de arché, ápeiron e pneuma ápeiron que dão consistência a physis (a matéria; o universo), são conceitos aplicados de modo diverso nos dias atuais?

e) Publique no comentário uma crítica a música "Eu e água".

Nosso objetivo esta semana será reconhecer a atualidade e a praticidade dos primeiros filósofos para construção do nosso pensamento.

Bom Estudo!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Conhecimento empírico e abstrato

O conhecimento depende do caráter coletivo, depende do outro. Ora, "dizer" ao outro o que se sabe é fundamental para a compreensão do meio ambiente e de si próprio. Este "dizer" do homem recria a realidade, à medida que não somente reproduz o que aprende, mas também abstrai, interpreta e humaniza a realidade. Denomina-se empírico o conhecimento obtido pelos órgãos dos sentidos, pela experiência sensível vivenciada. Denomina-se abstrato o conhecimento obtido pela operação mental. Ex.: Veja que o conhecimento de um bebe quando está aprendendo a andar. Ele tem medo, se agarra as coisas, nunca frenquentou a escola ou universidade para saber que precisa de força e equilíbrio para conseguir andar.
Discuta a relação Mito e conhecimento.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Autonomia, Reflexão, Crítica e Criatividade


Olá pessoal! Agora que já sabemos que a Filosofia só nos é útil se for aplicável à nossa vida. Vamos tentar compreender a mensagem sugerida pelo nosso nobre colega Caio Croci na imagem ao lado. No estudo da Lógica Filosófica existem Raciocínios Válidos e Raciocínios Invalidos. No caso apresentado temos um raciocínio invalido qual chamamos de sofisma, ou seja, ocorre com o objetivo de enganar. O sujeito que usa o sofisma está consciente, pois sabe que usa um raciocínio inválido. Há outro tipo de raciocínio inválido: a falácia. Ocorre como uma falha de quem argumenta. O sujeito que usa uma falácia simplesmente se enganou. Ex.: "meu pai tem um cachorro da mesma raça que esse aí da foto ao lado, ele só não tem a unha tão grande!". Embora o raciocínio seja inválido está composta de autonomia, de certa reflexão, de crítica e criatividade. Comumente encontramos esse tipo de situação em propagandas de televisão. Visto que nossa discussão em aula contorna a noção de crença e costume, busque uma propaganda que você goste e discuta AUTONOMIA, REFLEXÃO, CRÍTICA, CRIATIVIDADE. Como esta propaganda através do sofisma é capaz de invadir a nossa privacidade e mudar nossas crenças e costumes? Caso não concorde comigo, crie um raciocínio Lógico que explique a liberdade do indivíduo perante a pressão social.