Chegamos ao
fim do bimestre, cujas questões da gincana “Meio Ambiente, Trabalho e Energia”
foram unificadas aos temas trabalhados nos primeiros e segundos anos do Ensino
Médio “Ética e Moral; Arte e Estética”. Para este estudo foi necessário o
estudo do livro “Mundo em descontrole: o que a globalização está fazendo de
nós” obra do sociólogo contemporâneo britânico Anthony Giddens. Também contamos
com análise de filmes, músicas e elaboração de uma arte, como resultado de todo
nosso trabalho. O objeto central trabalhado neste bimestre em filosofia, como contribuição
a todo este processo foi: MODERNIDADE E DOMINAÇÃO DA NATUREZA: da radicalização
ao impasse.
Depois de
levantar questionamentos e buscar informações sobre o homem contemporâneo, foi
possível concluir que em cada momento histórico houve – e ainda há – uma
categoria central universal que permite pensar e explicar “racionalmente” todas
as coisas. “As divindades como medida de todas as coisas”, “O homem como medida
de todas as coisas” e “A informação como medida de todas as coisas”.
Ainda no
momento em que o homem olhava para si e projetava o mundo que necessitava,
iniciou um processo de modernização e dominação dos recursos que a natureza
terrestre tinha para oferecer. O mundo era objeto criado por Deus (e/ou pelos
deuses) e o criador fez o homem para administrar sua criação, por isto o homem
seria o único animal racional existente. Este pensamento que se arrastou até o
fim do século XX contribuiu para repensar o projeto de dominação da natureza.
O projeto de
dominação da natureza iniciado com a organização das primeiras civilizações,
esquecido na era feudal e retomado no renascimento comercial, chega a seu fim
quando o humano torna-se interventor das transformações da natureza humana,
isto é, das mutações diretamente ligadas ao corpo humano e não mais somente às
outras criaturas naturais. Dominação da natureza não significa que o homem é
capaz de controlar os movimentos do planeta a ponto de não haver mais erupções
vulcânicas, maremotos, furacões, tempestades, etc., mas, de entender, estudar,
prever e acompanhar simultaneamente estes movimentos naturais. Mas, é
domesticar toda fauna e flora. É provocar mutações que saem do raio de visão do
evolucionismo proposto por Darwin.
Pensar a
natureza humana e a natureza do humano são duas coisas distintas. A natureza
humana segue a linha darwinista de adaptação e evolução da espécie. Já a
natureza do humano consiste na associação e diversificação das etnias e dos
sentidos.
Marx explica
que uma sociedade injusta, o fim ou perdição do mundo, não pode ser justificado
pela relação pacífica entre seres humanos bons. Ainda, seguindo esta linha de
pensamento, mesmo os seres humanos sendo bons, nem sempre as relações entre
eles são pacíficas. Segundo Marx a causa deste fenômeno é a condição social do
indivíduo; que o leva a agir a partir de seus interesses, sejam eles bons ou
não.
Com
finalidades boas ou ruins, a ciência do nosso tempo tratou de artificializar e
conservar toda a natureza. Por isso a natureza é tão valorizada. Quanto maior a
escassez, maior o valor e os cuidados para sua preservação. Conservar e
preservar, embora sejam palavras sinônimas, tem significados diferentes.
Conservar é manter por mais tempo, enquanto preservar é cuidar.
Pouco a pouco,
a sociedade que passou de humana para cibernética – é o que chamamos de
sociedade da informação – comanda, comunica, controla e informa para o humano
em termos globais o que é necessário, entre estas necessidades, sustentar a
natureza. Sustentar a natureza significa sustentar a própria vida, salvar a
própria pele. A medida das coisas hoje é a informação; que se tem; que se
descobre; que se produz através de especialistas.
O caráter
questionador da humanidade se perde no entorno da velocidade e do volume de
informação que se recebe a todo instante. Essa informação dita o que é
importante comer, como melhor aproveitar o tempo, o que é belo, as medidas
morais que devem ser aceitas entre tantas outras coisas.
Giddens
defende o aspecto positivo dessa cibenetização do homem. Ele diz que entre
tanto caos, a natureza da sociedade mundial mudou, o mundo está muito mais
interdependente. Isto quer dizer as preocupações do humano são corporativas e
não mais individuais e/ou privados; muito mais físicos e psicológicos e não tão
somente financeiro. “Nosso mundo em
descontrole não precisa de menos, mas de mais governo” (GIDDENS, 2006 p.91).
E este, só pessoas plenamente conscientes, questionadoras, “revoltadas”,
lutadoras, podem prover.
NÃO ESQUEÇAM DE FAZER UMA CONCLUSÃO DO BIMESTRE NO CADERNO!!!