quarta-feira, 23 de março de 2011

A Descoberta da Racionalidade

Você já se imaginou um ser crítico? Aos 14 ou 15 anos de idade levantamos da cama, algumas vezes - quase sempre - sem querer levantar, outras vezes com a televisão ligada, quarto bagunçado, um friozinho pela manhã... Ah! Precisa voar, pois já está atrasado para chegar no colégio. Ufa! Ainda deu tempo de pegar a primeira aula...

Diz a professora logo na primeira aula: "Os primeiros filósofos observaram que o universo possui uma ordem e que, conhecendo esta ordem, os segredos do universo poderiam ser desvendados pelas condições e atributos naturais do próprio homem, sobretudo pela racionalidade."

Logo, antes de dormir em cima da carteira com as lições de moral da profª SANDRA de filosofia é possível criar com o pensamento a prática do conceito desenvolvida por alguns desses filósofos chamados pré-socráticos.

Parmênides de Eléia (510 - 460 a.C.) inaugura um dos mais clássicos problemas da Teoria do Conhecimento: a dualidade entre o percebido e o pensado, a experiência e a razão. "O ser é e o não-ser não é". Para ele, aquilo que existe não está sujeito à mudança, é sempre do mesmo jeito, sendo igual por consequência a ele mesmo. O não-ser, não existe e por isto não pode ser conhecido. Só se pode conhecer o que existe e não se pode conhecer o que não existe. Ex.:

Diego é um garoto bagunceiro e bagunçado. Se permite viver em uma bagunça, e, sendo assim nunca se permite fazer o que precisa ser feito. Se para a escola o Diego vai, mas nada ele produz ou aprende; e não porque nada lhe é ensinado, mas nada ele acredita que ali precisa aprender, então, nada novo o Diego terá no trajeto de toda sua vida, pois o que é nunca muda!

Zenão de Eléia (495 - 430 a.C.) discípulo de Parmênides desenvolveu argumentos que tratam do infinito, com a finalidade de defender as ideias de seu mestre e, assim, provar a imobilidade de todas as coisas. Isto é, o movimento é um ilusão, uma fantasia. Ex.:

Diego concluiu o Ensino Fundamental, agora no Ensino Médio ele jurou pela mãe mortinha que iria mudar - é melhor jurar pela mãe a ter que jurar a própria cabeça. Na primeira semana levantou-se da cama todos os dias mais cedo, olhava a agenda para ver o que tinha a ser feito, organizava seu material e passou a sentar-se a primeira cadeira. Copia tudo da lousa e inclusive as respostas dos exercícios do caderno dos amigos. Suas provas agora são sempre 100 porque cada questão ele copia do melhor aluno da sala para aquela atividade específica. Então ele se forma entre os melhores da turma e muda a imagem que tinha no Ensino Fundamental, quando estava entre os piores da turma. Ainda assim, Zenão perguntaria: O que mudou se certamente Diego não passará no vestibular de uma universidade conceituada?
Mas nem tudo está perdido!

Heráclito de Éfeso (540-470a.C.) afirmava que a realidade está em constante mudança. A percepção  da mudança contínua da realidade pode ser sutil, mas deve-se reconhecê-la como válida para todas as coisas que existem. Ex.:

Diego ao cupiar tudo exatamente tudo, começa a se interessar por biologia. Ele achava os nomes científicos engraçados e fazia piadas como os nomes. Daí passou a gostar de História porque gostava de tocar violão e como na História ou na Literatura vê-se os defeitos para compreender o presente, logo ele esculachava tudo e a todos. Continuou copiando tudo, mas despertou um senso crítico. Poderá amanhã ser um EDUARDO MARINHO (http://www.youtube.com/watch?v=NMn_1rQ3sms)...

A tradição crítica do pensamento pré-socrático consiste em produzir um conhecimento baseado em conjecturas e refutações. Os mitos não podiam ser criticados ou superados por outros melhores.  Imaginem "passar debaixo da escada dá asar" eu vou trocar isto pelo quê? "passar debaixo da escada, com um obeso em cima pintando o teto, rezando 3 aves Marias pode suavizar a penitência"? Logo, estes mitos sem fundamento foram sendo explicados, assim, os conhecimentos de ordem prática só eram modificados se fossem considerados inúteis. Neste sentido, identifique a divergencia entre o pensamento de Parmênides e de Heráclito que deu origem a uma das principais questões da Teoria do Conhecimento.

11 comentários:

  1. Preparem-se prova do livro dia 07/04/2011
    acesse o link
    http://www.iphi.org.br/sites/filosofia_brasil/Roberto_Gomes_-_Critica_da_Razao_Tupiniquim.pdf

    Abraços

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  2. Mais uma vez a filosofia se mostra para explicar as questões humanas,os dois filósofos apresenteados no texto tem idéias diferentes.Parmênides afirmando que aquilo que não existe não sofre mudança e Heráclito afirmando que a mudança pode ser muito pequena mas que sempre existe.dizer que a maneira de pensar de uma pessoa não muda é entrar em contradição , pois é depedendo da pessoa , ela pode amadurecer os pensamentos que tinha antes se envergonhando de pensar como criança.Ou pode não mudar e ficar sempre com o pensamento que já tinha no passado. Esses dois filósofos entram nessa contradição,um pensamento só existe na sua cabeça , sendo inexistente para as outras pessoas,pode ou não mudar.Ou seja de uma certa forma os dois estão certos, cada um apresenta uma teoria para que você escolha qual seguir.O inexistente, muda ou não muda?
    Um diz mesmo que seja pequena, ocorre uma mudança.E o outro diz que não a mudança nenhuma naquilo que não existe.Eles deram respostas, cabe a você escolher uma delas, eaí qual vai escolher?

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  3. Na minha opinião, tudo vem da sua crença se eu acredito que se eu passar embaixo de uma escada eu vou ter 7 anos de azar, eu posso ter porque eu fico tão sismado com aquilo que qualquer coisa ruim que acontece eu acho que foi pelo fato deu ter passado embaixo da escada.Se eu não acreditasse nesses fatos...eu não acharia que tudo de ruim que acontece comigo foi por aquilo, vamos supor que eu não acredito nessas superstições, eu vou e quebro um espelho sem querer...e eu não acredito que eu vou ficar com 7 anos de azar, eu não vou ficar tão obcecado em ver o que acontece de ruim na minha vida, automaticamente eu não vou nem associar as coisas com o espelho quebrado.E sim o Dhiego pode mudar, no meu ponto de vista ele pode...obviamente que o jeito bagunceiro de ser vai sempre estar ali, mais ele pode muito bem mudar no estudos, basta ele querer. Para Parmênides o Dhiego nasceu bagunceiro ele vai morrer bagunceiro, não haverá mudança nele...porque de acordo com Parmênides O ser é e o não ser não é.Já Heráclito achava que as pessoas podem mudar, Dhiego nasceu bagunceiro mais pode se tornar uma pessoa melhor.Tem pessoas que mudam, e outras que não mudam. Eu posso ser tímida e quando eu crescer eu posso perder essa timidez, ou eu posso continuar do jeito que eu sou, ou seja, isso vai de cada pessoa.

    Yanca F. Rodrigues nº - 27

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  4. "Heráclito prega a mudança contínua, onde nada será como no foi no momento anterior.
    Parmênides diz que o ser tem a perfeição e a eternidade, e que a transformação real não existe."
    Então entendi que,Heráclito acredita que nada vai se inovar e Parmênides acredita que o que nasce errado morre errado.Passando para atualidade eu tenho erros que um dia irrei mudar ou talvez não.

    Erick Avila nº13

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  5. Diante de tudo isso podemos concluir que, para Heráclito tudo está em constante em constante movimento.Já Parmênides nos diz que o ser é imutável, não pode ser gerado; sendo assim, ele também afirma que não pode existir o vir-a-ser.

    Thayná Lima nº24

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  6. O professor agora sim eu consegui captar a mensagem e sim filosofar e ve o que é a descoberda da racionalidade,e eu acho que esse testo ta parecido comigo, por isso que e bom filosofar....
    Ass Dhiego ramos n°12

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  7. Adorei o texto.
    Racionalizei e entendi perfeitamente.Parmênides afirmando que aquilo que não existe não sofre mudança e Heráclito afirmando que a mudança pode ser muito pequena mas que sempre existe.dois pensamentos diferentes
    Criticas fortes e a diferença do real e o estranho(irreal).

    Danilo nº11

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  8. Aydam! Perfeita colocação... O filosofar não é absoluto e o conteúdo filosófico só é válido quando este é espistemológico, isto é, vivenciado.

    Yanca, gostei muito de sua reflexão... vejo que agora tenho motivos para me animar com o trabalho de vocês no blog, como você mesma disse, a nossa crença é fundamental para justificar o que acontece conosco em nossas vidas... veja a ideologia de Pitágoras, ao inscrever os fatos com números ele buscava a razão das coisas e não mais os deuses castigavam as pessoas, mas o cálculos errados que criava para suas ações. Ora, hoje no pensamento ocidental também acreditamos que Deus ajuda a quem trabalha não é mesmo? Sendo assim, a mobilidade ou imobilidade das coisas depende dos paradigmas que permeiam a realidade do mundo individual do ser! Bjos e obrigado pela contribuição

    Muito bem Erick será verdade o mito "pau que nasce torno nunca se endireita" ou mesmo a música CABROBRÓ do grupo Tianastácia (http://www.youtube.com/watch?v=vD9RtF3KhGo&feature=related) rsrsrsrrs... ABRAÇÃO GAROTO

    Thayná... estamos no caminho certo!
    Obrigado Danilo, é isso aí...

    Bjos turma...
    Continuem assim

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  9. Para Parmênides o que existe não terá um motivo de se comprovar, pois se existe já é uma comprovação de que existe, então não terá mudança alguma. Uma coisa eu concordo com ele...o que não existe não sofrerá mudanças. Mas, o que eu não concordo é o fato de que o ser nunca irá ter uma mudança, isso é totalmente inevitavel. É obvio que o ser sofre mudanças, o planeta sofre mudanças. Nós nascemos (existimos)com o passar do tempo, envelhecemos e morreremos, isto é, sofreremos uma mudança, fisica e psicologica. O planeta muda conforme "levamos" ele, o aquecimento global esta num modo geral, em um estado degradante, e para Parmênides se o planeta esta desse jeito, ele nunca terá uma sequer mudança (mentira).
    Já para Heráclito, com o passar do tempo sofreremos sim uma mudança. Ele acredita que uma arvore existente pode-se ocorrer uma mudança, seja ela crescer ou morrer. Mas de qualquer maneira ela mesmo sendo uma arvore poderá ter frutos, poderá voltar a sua estabilidade etc.

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  10. Na última aula nos foi passado uma lista de exercícios, e entre eles havia o seguinte exercício:

    "Essência ou aparência, o que é mais importante na sua opinião?"
    Como a senhorita Sandra deve ter lido, a minha resposta foi basicamente: "essência, mas isso não quer dizer que a aparência não é importante".

    Pois bem, dessa vez novamente a base da argumentação é a essência. Ao invés de usar a sua linda história como base, eu vou usar a minha própria história:

    Quando criança, eu não ligava pra nada, só queria saber de brincar e me divertir. Escola? Só ia pra encher o saco dos professores e brincar. I was born this way (risos), mas hoje em dia a minha essência modificou-se, eu amadureci e tomei para mim mesmo que diversão é importante, mas levar as coisas a sério e levar o estudo a sério é importante, também.

    Digamos que antigamente eu era o Diego da sua história, e hoje em dia eu sou uma "nova pessoa", que não precisa (o que não quer dizer que eu não faça, até porque passar também é fazer :P) colar para passar provas, vestibulares e afins.

    Com isso eu quero dizer que concordo com a opinião de Heráclito e justificar a minha posição. Eu também entendi o conceito dos outros filósofos, mas não concordo com a posição por eles tomada.

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  11. a looooooooooooooka genti uuuuuuuuuuui ahazo

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